domingo, 22 de setembro de 2013

Lanterna


Impossível não ter lembrancas.
Improvável esquecer o passado.
Inconcebível eliminar as memórias.
Este é para um amigo especial, que ainda busca.
E, como todos nós, levamos nossa lanterna, iluminando nosso coração e deixando o amor sempre perto da lareira.
Para vc, Paulo S.M.




Caminho pela escuridão buscando sua luz.
Na minha lanterna, única luz para meus olhos cegos,
a esperança trôpega, lenta.
E não paro.
Afasto os galhos, ouço os sons
e não me afasto.
Passo a passo meu corpo se curva adiante,
em um ritmo lento e constante.
Nunca olho para trás!
Meu braço cansado, erguido como uma prece
é meu farol da esperança.
Onde você está?
Onde será que se encontra agora?
Em meio a tantos caminhos,
sem direção alguma,
procuro e sigo vestida em um manto velho.
Farrapos que combinam com minha vida.
Nesta trilha obscura, àqueles que me veem,
já fui chamada de morte, de guardiã,
de louca, de anjo, de demônio.
Nas batidas ritmadas do cajado no chão,
sigo indiferente.
Só me importa sua essência.
Só prossigo por sua causa.

Nenhum comentário: