segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Princesa



A vida é bela, realmente.
Nos dá oportunidade de conhecer seres incríveis.
Este é para minha prima.
Que tem um coração muito, muito lindo.
Para você, Noelia.





Essa menina com cara de gata
Que tem um olho no sol, outro na chuva,
Pinta, canta, desenha e dança
Encanta com seu sorriso de criança
E quando dá a volta,
Luta, com fogo selvagem,
com muita força, e espanta.
Essa mulher escondida
Que traz a lua no escudo
Abre seus caminhos sem medo
Na luz ou no escuro.
Na mão direita sua espada
Na esquerda seu coração
Quem vai encarar tanta grandeza?
Quem vai apostar sua riqueza?
Esta é a pequena-grande Noelia.
Uma verdadeira princesa!

Domingo Cinza



Estar junto requer sacrificio.
Saber ler uma alma requer sabedoria.
Isto vale para o outro e para nós também!
Para Manu, que me inspira,
sempre!




É o dia que vai iluminando
E eu na cama, pensando.
Levanto ou fico aqui, me espreguiçando?
É aquele momento em que desejo
Somente me largar
E afastar todos os medos
Cinza, preto e branco
Ainda assim eu tento
Mas me acabo em pranto.
Onde será que a semana terminou
E me deixou aqui, daquele jeito de sempre
Amarrada, largada, destronada.
A vida vai pintando sua aquarela no meu rosto
Minhas mãos vão desaparecendo no tempo
Meu corpo batalha, forte, sempre a postos!
Mas a vontade se esvai no vento.
E quando ninguém percebe o interior
Me arrasto para fora do meu mundo
E continuo a rotina sórdida
Enraivando a bruxa lá no fundo.
Você escuta mas não age
Você me destroi e não percebe
Você, que poderia ter sido tão colorido
Aos poucos me enlouquece.
Este seu caleidoscópio infernal
Me atira sem pudor em suas nuances
Cordas invisíveis me seguram
Mas te pergunto, até quando?

domingo, 22 de setembro de 2013

Doce Veneno


Este é para um menino que conquistou meu coração desde sempre.
Cresceu, tornou-se um homem.
Um presente, como diz a mãe dele, minha irmã.
É um sobrinho do coração, um quase-filho.
Pra você, meu lindo Isaac.





Se você soubesse o sentido real
Que me absorve quando  te vejo
Me arrebataria, em apenas um toque
Suave como um doce veneno

Sua magia me persegue
E perdida te procuro
Navego em sonhos, teus olhos
Nos teus braços, doce leito!

Me trague, me possua
Me envolva sem receio
Nao me deixe nesta loucura
Tão perdida, tão despida
Sem rumo e sem medo!

Você, grande ilusão
Que nem mesmo sei se quero
E querer-te, como em vão
Meu veneno!

Ah, agonia de senti-lo sem tocá-lo
Carrega esse veneno, longe, sem destino

Enquanto não me acabo!

Lanterna


Impossível não ter lembrancas.
Improvável esquecer o passado.
Inconcebível eliminar as memórias.
Este é para um amigo especial, que ainda busca.
E, como todos nós, levamos nossa lanterna, iluminando nosso coração e deixando o amor sempre perto da lareira.
Para vc, Paulo S.M.




Caminho pela escuridão buscando sua luz.
Na minha lanterna, única luz para meus olhos cegos,
a esperança trôpega, lenta.
E não paro.
Afasto os galhos, ouço os sons
e não me afasto.
Passo a passo meu corpo se curva adiante,
em um ritmo lento e constante.
Nunca olho para trás!
Meu braço cansado, erguido como uma prece
é meu farol da esperança.
Onde você está?
Onde será que se encontra agora?
Em meio a tantos caminhos,
sem direção alguma,
procuro e sigo vestida em um manto velho.
Farrapos que combinam com minha vida.
Nesta trilha obscura, àqueles que me veem,
já fui chamada de morte, de guardiã,
de louca, de anjo, de demônio.
Nas batidas ritmadas do cajado no chão,
sigo indiferente.
Só me importa sua essência.
Só prossigo por sua causa.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Lua Nova

As vezes a covardia é apenas um momento no desconhecido.
As vezes é medo de arriscar.
As vezes é simplesmente a não vontade de desacomodar.
É necessário tentar.
É necessário respeitar todos os limites,
seus e meus.
Para Manu, com toda minha admiração.
Amo você.




Enquanto o silencio anuncia a nova fase
Percebo o nada, profundo, denso.
Estar sozinha requer disciplina, domínio da dor.
Conviver com a solidão requer profundo conhecimento próprio
A loucura rotulada nada mais é que o resgate do próprio poder que quebra vínculos inúteis
O ar se renova, vibra, sufocando a possessão.
Os olhos no céu refletem um ser renascido, profundo, único.
E o desejo pela liberdade reaparece.
As asas rasgam a pele e buscam o brilho, novas, renascidas.
A matéria é vencida mais uma vez.
O amor é descoberto, e necessita aportar.
Novo, destemido!

Transbordante!