Um constante despertar
Sonhos em areia construída
Num rodamoinho com fogo e ar
Às vezes paralisia
Que me impede de voar.
Qual a diferença entre calar e silenciar?
Calar é interromper o ruído.
Silenciar é escutar Deus.
Para todos os Elos que compõe a Luz
Te busco no silêncio da noite
Onde só os sussurros das libélulas noturnas
Preenchem o vácuo do meu mundo.
Procuro a voz que gargalhava
Provocando minha boca muda
Zombando da minha dor por estar calada
Recordo a vontade presa na garganta
Fazendo nosso amor amordaçado
Refletir nossa aliança silenciosa
Nos seus olhos velados
Sinto falta dos gritos ensurdecedores
Que preenchiam meus ouvidos
E falavam direto ao meu coração
Agora é só silêncio, não há som.
Mas ainda sinto em mim o eco das suas palavras
Empurrando... Vai!
Espalha pelo mundo seu poder
Despeja pelo peito, pelas mãos, pela língua
Toda essa magia!
As vezes só queremos que o silêncio
invada os pensamentos, sem ruídos,
sem julgamentos,
sem absolutamente nada.
Simplesmente, o vácuo.
Para todas as "Jus"
Percebo a ansiedade sufocante
Na propulsão
das horas
E eu
acorrentada em minutos repetidos
Como se não
houvesse futuro
É tudo
muito estranho, embaçado
Como sons
de piano desafinado
Martelando meu
coração descompensado
Nem sei
porque estou aqui
Talvez para
buscar algo que seja grandioso
Talvez para
esquecer as mazelas dos segundos
Mas as horas
atormentam minha vontade
Fico presa
na preguiça bestial da auto-comiseração
O alarme
vibra um compasso irritantemente inútil
A insônia
já tinha agarrado, em vão
Meus
pensamentos sombrios
Hora de
acordar para o mundo
E sonhar
que você me deu a mão