quarta-feira, 20 de abril de 2022

Eu na Janela

 


Quem nunca ficou observando
 o que se passa no mundo, 
fora do seu próprio mundo?
Janelas são portais fantásticos
 - para dentro de nós mesmos, também!

Esse vai para o grupo 
Elos de Luz Fluindo no Amor



O que eu vejo através da janela?
Um constante despertar
Sonhos em areia construída
Num rodamoinho com fogo e ar
Às vezes paralisia
Que me impede de voar.

O que eu vejo pela janela?
O vento nas folhas do coqueiro
A vontade de saltar
Pássaros batendo no vidro
Com desejo de entrar
Talvez comigo, trocar de lugar

A vida através da janela
Traz sons vibrantes, cheiro de mar
Gente andando, carregando gaiolas
Presas no tempo, na alma.
Sem saber abrir a porta para voar.

A vida passa, eu na janela
Letargia no céu em azul e cinza
Levanto da colcha de retalhos
Um legado em cores vivas

A janela através da vida
Arrebata a vontade, às vezes dá preguiça
Inunda os sentidos com dores
Me faz sofrer de alegria.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Silêncio




Qual a diferença entre calar e silenciar?

Calar é interromper o ruído.

Silenciar é escutar Deus.

Para todos os Elos que compõe a Luz






Te busco no silêncio da noite

Onde só os sussurros das libélulas noturnas

Preenchem o vácuo do meu mundo.


Procuro a voz que gargalhava

Provocando minha boca muda

Zombando da minha dor por estar calada


Recordo a vontade presa na garganta

Fazendo nosso amor amordaçado

Refletir nossa aliança silenciosa

Nos seus olhos velados


Sinto falta dos gritos ensurdecedores

Que preenchiam meus ouvidos

E falavam direto ao meu coração

Agora é só silêncio, não há som.


Mas ainda sinto em mim o eco das suas palavras

Empurrando... Vai!

Espalha pelo mundo seu poder

Despeja pelo peito, pelas mãos, pela língua

Toda essa magia! 

quarta-feira, 23 de março de 2022

Insônia

 

As vezes só queremos que o silêncio

invada os pensamentos, sem ruídos, 

sem julgamentos,

sem absolutamente nada. 

Simplesmente, o vácuo.


Para todas as "Jus"





Percebo a ansiedade sufocante

Na propulsão das horas

E eu acorrentada em minutos repetidos

Como se não houvesse futuro

É tudo muito estranho, embaçado

Como sons de piano desafinado

Martelando meu coração descompensado

Nem sei porque estou aqui

Talvez para buscar algo que seja grandioso

Talvez para esquecer as mazelas dos segundos

Mas as horas atormentam minha vontade

Fico presa na preguiça bestial da auto-comiseração

O alarme vibra um compasso irritantemente inútil

A insônia já tinha agarrado, em vão

Meus pensamentos sombrios

Hora de acordar para o mundo

E sonhar que você me deu a mão