O Tarô é uma filosofia, magia, o que quer que termine com "a".
Pois sendo assim masculino/feminino entende que a morte é simplesmente mudança.
E qual ser, melhor neste mundo, entende a morte?
Este é para minhas irmãs-borboletas que já morreram cem vezes e sabem que existe mais cento e uma chances de se morrer novamente.
Elas sabem quem são, pois tem o Tarô na mão!
Com toda minha admiração!
Era assim que
começava
Simples, sem versos.
E nas mãos a
tremedeira florida
E na boca a vontade
das palavras, muda.
E assim caminhava
Rumo ao abismo
Com a força nos
braços
O corpo afagava
lembranças
De tantas...
Com o equilibrio no
espírito
O amor carregava
E se escondia no
tempo
Olhos turvos,
escorregadios
E brincava também de
ladrão, o bandido.
Era bem assim que
terminava
Complicado, sem nexo
Em sua letargia sem
cores
Os beijos deixava
No batom
No caderno
Na porta
Rastros incoerentes
nos pés dormentes
Grandes, potentes.
E sorria. Gargalhava
Com pensamentos
infames
E já não mais queria
Pois já que tudo o
sentido perdia
Mas persistia
E ave! Outra Maria!
Com seu terço
conduzia
A luz, o dia,
A preguiça se
escondia
Não precisava ser
bonito
Quem dera fosse só
preciso um terno,
Um vestido
Dentro, fora, de todo
jeito
Com a dor dentro do
peito, sem leito
E ele nem sequer
sabia
Na carta que foi tirada
Quem realmente
morreu, foi eu!
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