terça-feira, 9 de setembro de 2008

Desvios


O destino é sábio e nos ensina paciência. Embora sem sabê-lo, sem ciência de quem és ou como vives, está guardada a doce lembrança de uma garota adolescente, romântica e ingênua, medrosa e sonhadora. Nas asas da imaginação dessa menina você continua merecedor do mundo. Ela ainda guarda nos olhos sua figura magra e bronzeada, seus cabelos castanhos rebeldes. Está guardado um pedaço de papel amarelado e se despedaçando, com seu nome escrito. Essa menina só recorda sentimentos bons, puros e verdadeiros. Assim deveria ser tudo no mundo. Para Ton, ainda aquele rapaz, com olhos cheios de paixão!



Quando volto em meus momentos
é em você que me encontro.
E encontro em você a solidão que me habita
no desvio do tempo,
no labirinto do desassossego.
E me rasgo em pedaços pra te acompanhar
e me encontrar sufocada de desejo.
Desejo de te ver, de te saber.
Me escuta, me responde, desvenda meu interior.
Volta no tempo e atravessa minha espera com tua mão,
segura meu coração para sempre.
Quem sabe posso preencher teus vazios,
acolher teus momentos mais profundos
e acabar de vez com os desvios da nossa estrada.
Enquanto o abraço do tempo não nos reencontra
habitamos mundos diferentes sem esquecer quem somos.
Se somos mais que um sopro, mais que uma vontade,
mais que a verdade escondida ou o segredo revelado.
Desse jeito esquisito não somos o que deveríamos ter sido!
E sonhamos, desviando da realidade,
mascarando a vontade,
queremos o que não tivemos!

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