domingo, 18 de setembro de 2011

Amor de Borboleta

Às vezes de uma simples conversa
brota inspiração.


Um querido colega disse:
“Assim deixarei a imaginação vagar nas ondas
e aportarei enfim nas calmas praias destas sereias,
para poder ouvir o cantar dos pássaros
e borboletas azuis a voar.”


Eu vi sim, o que você fez!
Para você, meu raio de sol.



Quando a flor abriu
Olhos míopes em um corpo limitado
Arrastaram-se para a beirada da pétala
O suave perfume
As cores vibrantes
Nada poderia ser tão bonito
Não fosse o corpo disforme da lagarta
Que triste, queria ser o que ainda não podia
E em sua voz agoniada
Invejava o vento onde passeavam asas

Observando tudo sabiamente
A borboleta cantando
Repete para seu amor o infindável canto
“Para o fundo da minha alma
Que seja somente de brisa
Vinde sempre com o bater das minhas asas
Como suspiros e doces beijos
Pousados na sua fronte - ou nos seus lábios.
Vestígios longínquos da sua caminhada
Para os meus braços!”

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei, simplesmente lindo...

Admiro tudo que escreve, quero ter essas inspirações também, para que meus pensamentos se tornem lindos poemas...