segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Otimismo

 Quando tudo parecer complicado, ou até mesmo impossível, é bom lembrar que sempre existe uma saída.
Se não consegue ver é porque seu olhar ainda não está suficientemente aguçado.
Mimi, este é pra vc!



Na beira do abismo
Escorreguei e caí
Enquanto em queda livre
O nada instalou-se na minha mente
O corpo mais ágil
Encontrou apoio
Olhos abertos, espantados
Enxergam vermelho e verde
Morangos!
A boca ainda apavorada
Saliva com sorriso e expectativa
Nos instintos mais básicos
A essência parte-se em milhões de pedaços ousados
Defesa, ataque, fome, vontade, pânico, alegria, morte.
Enquanto um lado mantém o corpo suspenso no precipício
O outro não resiste e recolhe - que oportunidade! -
Os morangos que só poderiam ser vistos numa queda!
Ah! O doce amargo gosto da vida!
Na derradeira ribanceira!

domingo, 18 de setembro de 2011

Amor de Borboleta

Às vezes de uma simples conversa
brota inspiração.


Um querido colega disse:
“Assim deixarei a imaginação vagar nas ondas
e aportarei enfim nas calmas praias destas sereias,
para poder ouvir o cantar dos pássaros
e borboletas azuis a voar.”


Eu vi sim, o que você fez!
Para você, meu raio de sol.



Quando a flor abriu
Olhos míopes em um corpo limitado
Arrastaram-se para a beirada da pétala
O suave perfume
As cores vibrantes
Nada poderia ser tão bonito
Não fosse o corpo disforme da lagarta
Que triste, queria ser o que ainda não podia
E em sua voz agoniada
Invejava o vento onde passeavam asas

Observando tudo sabiamente
A borboleta cantando
Repete para seu amor o infindável canto
“Para o fundo da minha alma
Que seja somente de brisa
Vinde sempre com o bater das minhas asas
Como suspiros e doces beijos
Pousados na sua fronte - ou nos seus lábios.
Vestígios longínquos da sua caminhada
Para os meus braços!”

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lua Crescente

O que dizer para alguém 
quando enfrentamos luto?
Nessas horas nada parece ter sentido.
Então apenas um abraço, 
uma oração e o tempo 
sejam suficientes 
para deixar o ciclo da vida fechar.
Este é para um coração triste
mas cheio de amor.
Amém!


Agora neste instante pulsante
Do quarto crescente
Impossivel reter a maré
Impossível conter a nascente
E me abro buscando por tudo
E me aventuro mergulhando no futuro
A luz que se expande
No coração acelerado
Traz de volta a vida perdida
E me lança à frente
De volta para seus braços

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lua Minguante


Todos nós temos nossos ciclos.
Como a vida,
idas e vindas fazem parte da magia.
Para cada lua, uma prece.
Para cada quarto,
um amor.
Este é para mim!


Neste quarto sozinha
deixo as horas passarem
enquanto me renovo.
Voltar para dentro de mim,
buscar forças,
nadar nas marés,
deixar a areia secar!
Me recolho
mas não deixo de observar
teu movimento contínuo,
lento, para longe de mim.
Fecho os olhos 
enquanto a escuridão me envolve.
Me escondo nos braços do acaso
e espero.
Até estar pronta,
novamente,
para você!